Mulher gamer na frente do jogo Space Invaders

Mitos e verdades sobre videogame (guia completo)

Os videogames fazem parte da nossa sociedade, isso é um fato. Os games evoluíram muito desde os tempos do Tetris e do Pong, hoje em dia são mais do que controlar um bonequinho ou resolver um quebra-cabeças simples.

Games são entretenimento, esporte, arte, e oportunidade de carreira. Uma indústria bilionária que tem faturamento maior do que o cinema em todo o mundo, segundo a IDC.

Apesar dessa evolução, o assunto criança e videogame ainda gera algumas dúvidas nos pais, especialmente em relação ao tempo de exposição dos jovens às telas.

Por isso, preparamos esse guia completo explicando o que são os games, se videogame faz mal mesmo e como deixar a criança jogar de forma saudável. 

Boa leitura!

Videogame influencia a violência?

Vamos começar logo por um dos tópicos mais polêmicos e um dos mitos mais conhecidos.

As evidências científicas apontam que não, o videogame não influencia a violência. Não existem até hoje estudos que estabeleçam uma relação direta entre comportamentos violentos e o ato de jogar video game. 

Mas é claro que seu filho deve estar exposto apenas a jogos adequados para a idade dele. Por isso, todo jogo tem uma classificação indicativa com base no seu conteúdo, igual a um filme.

É importante notar ainda que as crianças não têm o total contexto do que é a guerra, o que é a morte ou a violência. Para elas, trata-se de simples diversão, brincadeira ou estratégia. Além disso, esses temas existem em outras mídias além dos games.

Por exemplo, o filme Vingadores têm todo um contexto de combate, violência e guerra. O Capitão América, um dos protagonistas, tem sua origem na Segunda Guerra Mundial e ainda assim o filme tem classificação indicativa de 12 anos e não é considerado “promotor da violência entre os jovens”.

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O que os jogos violentos podem causar?

Apesar de não haver evidências científicas de que videogame influencia violência, o debate ainda está em aberto. Pediatras membros da Sociedade Brasileira de Pediatria acreditam que os games podem banalizar a violência.

O segredo para não ter problemas com os jogos, sejam eles violentos ou não, é comunicação com as crianças e participação na rotina delas.

Não precisa puxar a tomada do videogame sempre que estiverem jogando Fortnite, mas tenha atenção para o caso de as crianças jogarem exclusivamente games violentos, ou ficarem na frente da tela por muitas horas.

O seu bom senso enquanto pai ou mãe é o que faz a diferença nessas horas. Se você forçar a barra e criar uma cruzada contra os jogos de tiro, o jogo violento pode se tornar uma barreira entre você e as crianças.

Além disso, sabemos muito bem que você pode até proibir em casa, mas não tem como garantir que seu filho não jogará na rua ou na casa de um amigo. 🤷‍♂️

Tela do Counter-Strike 1.6
Tela do Counter-Strike 1.6, jogo polêmico pela violência – e sucesso ente os jovens

Meu filho joga jogos violentos. E agora?

Simplesmente proibi-lo de jogar vai fazer com que seu filho sinta raiva – e isso sim é um comportamento violento. Olha só a ironia! 😜

Dependendo da sua geração, deve se lembrar de quando falavam que “rock é coisa do capeta”, ou que as “cartinhas de Yu Gi Oh! são satanistas”, ou que “ninguém deveria jogar Counter-Strike”. Mesmo com esse tipo de campanha, as três coisas continuam super populares. 

Por isso o ideal é se informar. E sem a desculpa de que “não é pra mim, não entendo nada”, viu?

Você e seus filhos precisam viver no mesmo mundo

Se interessar sobre os hobbies deles é ótimo para a relação entre vocês (e permite que você fique de olho nos conteúdos que ele joga ou assiste).

Além disso, mesmo sem jogar em casa, seu filho pode ter acesso a todo tipo de game no Youtube ou na Twitch, uma plataforma onde milhares de pessoas fazem streamings de jogos. Lembre-se que hoje o jogo também é assistido!

Por isso não promova uma “caça às bruxas” caso seu filho jogue jogos violentos. Isso não vai fazê-lo parar.

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Videogame faz mal?

Este também é um mito. O que faz mal é o uso excessivo. Mas isso vale para qualquer coisa, desde games até beber refrigerante ou comer doce. 

Jogar demais pode causar uma série de problemas, como por exemplo: 

  • Falta de interesse em atividades físicas.
  • Sedentarismo e problemas correlatos, como aumento de peso.
  • Falta de empatia.
  • Dificuldades na comunicação interpessoal.
  • Vistas cansadas. 
  • Vício.

Jogar um pouquinho todo dia não tem problema, o problema é passar o dia todo com o controle, teclado ou celular/tablet na mão.

Me usarei como exemplo aqui: eu jogo videogame desde criança, geralmente algumas horas por dia. Mas mesmo assim joguei muito futebol, fiz artes marciais, fui pra boates, e tudo mais.

Quando falamos em excesso, são realmente muitas horas por dia, 5 horas ou mais.

Quais os benefícios do videogame?

O videogame melhora diversos aspectos psicológicos, motores e de raciocínio. Entre os principais benefícios, podemos citar melhorias em: 

  • Criatividade
  • Reflexos.
  • Memória.
  • Interação com o ambiente.
  • Foco.
  • Raciocínio lógico.
  • Determinação.
  • Alívio de estresse. 

Além disso, os videogames também podem estimular habilidades sociais, no caso dos jogos em grupos, seja online ou não, como o caso dos chamados “party games”.

Mas talvez um dos benefícios mais interessantes seja o contato com outros idiomas, principalmente o inglês. 

Hoje em dia alguns dos principais jogos são dublados ou legendados em português brasileiro, mas 99% dos jogos ainda tem o inglês como seu idioma principal.

Conversando com muitos pais jovens que são assinantes do Tomo dos Pais, confirmamos que muitos atribuem aos jogos de videogame grande parte de seu conhecimento da língua inglesa!

Esse é inclusive o meu caso, onde não só aprendi muita coisa, como também serviu como uma ótima forma para treinar diariamente meu conhecimento do idioma.

Criança jogando Champ Kong em um videogame antigo

Além da questão do idioma, um novo estudo constatou que videogames podem aumentar a inteligência das crianças.

Um estudo de 2022 acompanhou a relação de cerca de 5 mil crianças de 9 e 10 anos com videogame. Eles fizeram vários testes sobre uso de tela, dentro das categorias assistir, socializar e jogar videogames.

No início da pesquisa, não teve nenhuma associação entre o tempo de jogo e inteligência. Mas os cientistas fizeram novos testes depois de dois anos e descobriram que as crianças que jogavam mais apresentaram um aumento na inteligência.

A pesquisa não identificou se tipos específicos de videogame ajudam mais do que outros. Os cientistas também não sabem se ficar exposto a redes sociais, ou assistindo TV ou vídeos online ajuda a desenvolver o cérebro.

Isso não é incentivo para deixar os filhos livremente na frente do videogame. Mas o estudo sugere que nem todo tempo de tela é prejudicial, e que jogar um pouquinho pode fazer bem. 😉

👉 Veja mais detalhes sobre o estudo (em inglês).

Por quantas horas é saudável jogar vídeo game?

Para saber quantas horas por dia uma criança pode jogar videogame, é necessário avaliar a idade dela. Dependendo da faixa etária, o tempo muda.

A principal regra é: quanto mais nova, menor o tempo de exposição.

O ideal é no máximo duas horas para crianças de até 12 anos e no máximo três para adolescentes de até 17 anos. Para menores de 2 anos, sem videogame, mesmo jogos educativos.

Gráfico que mostra quantas horas por dia é saudável jogar video game

Esses horários correspondem ao que especialistas consideram o tempo de tela máximo para cada idade. Ou seja, vale para uso de qualquer equipamento eletrônico, desde videogame até celular e televisão. 

O que acontece se jogar demais?

Um dos primeiros sinais de que seu filho está jogando demais é a sensação de vistas cansadas, acompanhada por dores de cabeça e nas articulações, que tendem a ficarem mais intensas com o passar do tempo. 

Outros problemas podem ser:

  • Dores nos pulsos e dedos.
  • Má postura.
  • Problemas de audição, se usar fones em volume alto.
  • Problemas de visão.
  • Dores de cabeça.
  • Alterações de sono.
  • Vício.
  • Sedentarismo.
  • Estresse. 

Perder o sono, ou deixar de fazer exercícios ou de se alimentar direito para poder ficar jogando por mais tempo também são sinais de que as coisas não vão bem. Por isso, atenção sempre!

Videogame causa isolamento?

Entre os supostos males dos videogames está o isolamento que eles causariam. Mas, na verdade, acontece o contrário: games são bons contra o isolamento.

Os jogos em grupo são uma excelente oportunidade para socializar em um momento em que as interações presenciais estão bastante limitadas.

E existem opções para todas as idades: desde jogos de luta, aventura, puzzle, RPGs em que você faz uma série de missões para seu personagem subir de nível, jogos de tabuleiro, de cartas…

São opções para todos os tipos de gostos e para todos os membros da família. Jogar também pode ser uma ótima forma de estreitar os laços com familiares e amigos, ao contrário do que diz o senso comum. 😉

Mãos segurando controles e jogando game de futebol

Jogar videogame melhora a saúde mental?

Segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, pessoas que jogam videogame tiveram maior bem-estar durante a pandemia de Covid-19. Inclusive, quanto mais a pessoa se diverte jogando, melhor fica seu ânimo!

👉 Leia um relatório com as principais descobertas da pesquisa (em inglês).

Esta foi a primeira vez que pesquisadores conseguiram relacionar a sensação de bem-estar com o hábito de jogar videogame. O bem-estar aumenta mesmo jogando só um pouquinho por dia.

Isso comprova que jogar videogame (com moderação) tem muitas vantagens para o cérebro.

É o caso até para crianças e adolescentes que têm transtornos psicológicos, como autismo ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), por exemplo. Desde que jogue os games certos, é possível alcançar alguns benefícios específicos como:

  1. Melhorar a orientação espacial: é a habilidade de perceber como nos movimentamos no mundo. Com os jogos, as crianças podem entender distâncias e como seguir um mapa. 
  2. Estimular a coordenação: ajuda a se movimentar com mais liberdade e precisão. Jogos com muitos estímulos, como os de ação, estimulam maior atividade cerebral, necessária para apertar os botões na ordem e momentos certos. Além disso, existem jogos de realidade virtual como em que a criança literalmente mexe o corpo para jogar.
  3. Se comunicar melhor: conversar pode ser um desafio para crianças autistas. Em alguns jogos, essa é uma habilidade necessária para passar de fase. O videogame ajuda a conversar, trabalhar em equipe e se sentir parte de uma comunidade. Tudo isso sem as pressões das conversas face a face, que às vezes tornam difícil conhecer novas pessoas.
  4. Ter mais atenção: essa é uma das maiores dificuldades das pessoas com TDAH. Quando a criança ou adolescente joga bem, destrava bônus ou passa de fase na hora. Isso estimula a continuar, encontrar um novo desafio e seguir adiante. Logo, o jogador mantém o foco por períodos mais longos de tempo.
  5. Ser menos impulsivo: outro benefício para crianças ou adolescentes com déficit de atenção. Para finalizar alguns jogos, precisa realizar ações no tempo certo. Isso estimula o autocontrole e o pensamento crítico para apertar os botões na hora exata.
  6. Pensar de forma lógica: para ganhar na maioria dos jogos, o jogador precisa criar estratégias. Pensar nos planos, adaptá-los e executar. Esta é uma habilidade que serve para toda a vida e pode ser praticada no videogame.
  7. Melhora a autoestima: se a criança ou adolescente tem algum problema de autoimagem por causa do transtorno, jogar videogame pode ajudar. Isso acontece porque reconhecem uma habilidade nova, estão em um espaço seguro, e se imaginam como protagonistas de uma história fantástica.

Videogame vicia?

Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o vício em games (gaming disorder, em inglês) em sua classificação internacional de doenças. 

O objetivo foi definir critérios para ajudar médicos e pacientes a encontrar melhores tratamentos para quem sofre de algum problema relacionado aos jogos eletrônicos.

Mas, fique tranquilo: segundo uma pesquisa da Universidade Brigham Young, dos EUA, apenas 10% dos jogadores desenvolvem algum grau de vício em games. Para 90% das pessoas, é apenas um passatempo.

Entre os jovens brasileiros, o número é mais alto. Segundo um estudo de 2022 da Universidade de São Paulo, 30% dos jovens apresenta sintomas de vício. Isso é mais do que a média mundial.

O vício em videogames é definido como um hábito que atrapalha a vida cotidiana. Segundo a OMS, os sintomas são:

  1. Priorizar o videogame em relação a atividades sociais ou cotidianas como almoçar.
  2. Não controlar a frequência, intensidade e tempo de jogo.
  3. Aumentar a frequência mesmo depois de alguma consequência negativa do hábito. 

Então se o seu filho passa muitas horas jogando, mas interage normalmente com os amigos, se alimenta bem, faz exercícios, tem bons hábitos de sono e boas notas na escola, o videogame não é considerado um vício mesmo que ele fique muitas horas em frente à tela. 

Agora, se ele apresenta alterações no comportamento, distúrbios de sono, tem uma vida sedentária por causa dos jogos e deixa de fazer outras atividades para jogar, pode ser um caso de vício em videogame.

A linha é bem tênue, por isso a comunicação e a participação dos pais na rotina faz toda a diferença para identificar o caso. 

Criança se divertindo jogando no celular, com computador gamer ligado no fundo

Por que videogame pode viciar?

Jogar videogame libera dopamina, um neurotransmissor que causa sensação de prazer. O cérebro libera essa substância quando nos divertimos e ela está relacionada a outros tipos de vício também, como o consumo de álcool. 

O jogador se esforça para subir de nível ou passar de uma fase difícil e quando consegue, se sente realizado e incentivado. Então o cérebro libera mais dopamina e o ciclo se repete.

E os desenvolvedores de jogos se tornaram muito bons nisso, por dezenas de anos aprimoraram esse ciclo. De forma que o jogador precise sempre se esforçar um pouquinho mais do que anteriormente, com objetivos claros e alcançáveis. Muito diferente da nossa vida real né? 😉

É por esse mesmo motivo que pode passar horas em frente à tela sem nem se dar conta – o foco na recompensa é tão grande que o jogador esquece o resto.

Como já mencionamos, é raro alguém ficar realmente viciado em games. Segundo o estudo da Brigham Young, dentre os 10% que desenvolveram vício, apenas uma minoria tinha níveis preocupantes de dependência. 

Meu filho está viciado em videogame. E agora?

Caso você realmente encontre sinais de vício em casa, deve conversar com seu filho e buscar apoio psicológico para entender em qual estágio ele está e o que pode ser feito para ajudar.

Em São Paulo, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP tem um programa especializado em atender pessoas que sofrem com dependência de tecnologia. 

As principais dicas de especialistas para ajudar a combater o vício são:

  1. Mantenha diálogo aberto com seus filhos.
  2. Incentive a prática de esporte.
  3. Incentive caminhadas e passeios ao ar livre. 
  4. Peça ajuda nas tarefas domésticas para afastá-lo um pouco dos games.
  5. Incentive algum hobby ou passatempo que não envolva tecnologia, como jogos de tabuleiro.

Além disso, lembre-se de se certificar de que o videogame é a causa, e não um sintoma. Por exemplo, a falta de interesse em socializar também pode ser depressão. Ou os games podem ser uma forma de aliviar o estresse, entre outras situações às quais pais devem estar sempre atentos. 

O que fazer para meu filho parar de jogar videogame?

Se você acha que seu filho está jogando demais, converse com ele e o mostre que existem outras coisas interessantes fora das telas. Proibir de jogar pode ser uma solução fácil, mas ela não é efetiva

Se você não sabe como fazer, algumas sugestões são:

Faça um acordo com seu filho

Defina previamente quanto tempo ele pode jogar por dia. Explique o porquê e o faça entender que jogar demais causa problemas.

Invista em outras atividades

Existem várias formas saudáveis de passar o tempo – praticando esportes, desenhando, pintando, andando de bicicleta, lendo um livro, levando o cachorro para passear…

Certifique-se de que seu filho tem uma vida ativa e apoie os seus hobbies e interesses.

Seja um exemplo

Não pode querer tirar o filho do videogame, mas ficar pendurado no celular, hein? 😜

Mostre que você também consegue ficar sem o tablet ou smartphone e aproveitem um tempo juntos longe das telas. 

Deixe o videogame em um lugar comum

Se o videogame estiver no quarto dele, fica mais difícil monitorar o que ele faz e por quanto tempo joga. Se o aparelho estiver na sala, é mais simples saber o que está acontecendo e quais tipos de jogos ele gosta mais.

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O que fazer quando um adolescente está muito viciado em jogo?

Antes de mais nada, lembre-se que “muito viciado” para você pode ser normal para ele, especialmente se ele tiver amigos que também jogam bastante. 

No caso dos adolescentes é ainda mais delicado, já que eles estão na fase de discordar dos pais e de quererem mais liberdade.

Além do que já mencionamos, sobre definir horários e estimular atividades fora das telas, um caminho pode ser aprender sobre os jogos e até jogar com ele.

Parece contraintuitivo, mas não é “apoiar o vício dele”. Aprender a jogar e conhecer o mundo dele pode criar o laço que falta para ele deixar os jogos um pouco de lado para aproveitar a sua companhia, além de te ajudar a entender se ele está de fato viciado. 

A partir do companheirismo criado pelo jogo, você pode encontrar “brechas” para propôr atividades em conjunto fora dos games também. 😊

Caso você tenha absoluta certeza de que os games estão comprometendo alguma esfera da vida dele, como a socialização ou as notas na escola, converse com ele e se não melhorar, considere levá-lo para uma sessão de terapia. 

Videogame é perda de tempo?

Este também é um mito e ignora completamente o potencial criativo que os games podem ter. 

Além de todos os benefícios listados no início do post, videogames são uma oportunidade de experimentar mundos diferentes e de fazer parte de histórias de um modo que seria impossível em qualquer outra mídia.

Por exemplo, você pode ficar triste com um filme ou novela, mas suas ações não influenciam os personagens da tela. 

Já com os games isso é muito diferente: você está no centro da história. Não é um observador, é um participante ativo, o protagonista.

Pode, por exemplo, testar os seus limites emocionais, tomar decisões diferentes da vida real, experimentar sensações de conquista, pertencimento e vitória, interagir com muitas pessoas diferentes, enfim. 

Além de aprender muito sobre história, geografia, idiomas, e sobre culturas de diversos países!

E essas são só algumas das possibilidades. Se quiser levar os games a sério mesmo, pode trabalhar em uma indústria em ascensão ou descobrir um novo esporte! 

Videogame não é perda de tempo. É uma mídia com muito potencial criativo e de aprendizado! Por isso, se você é pai ou mãe e não conhece esse mundo, acredito que deveria dar uma chance aos games. 😊

jogador profissional de videogame

Videogame é esporte?

Além de não ser perda de tempo, videogame também tem competições organizadas e são considerados esporte, apesar de não envolver atividade física.

É parecido com xadrez, que também não envolve bolas ou quadras e se pratica parado, mas é considerado um “esporte da mente”.

Existem competições organizadas em todo o mundo e cada jogo funciona como uma “modalidade”, por assim dizer. Aqui no Brasil, as mais famosas são Free Fire, Counter-Strike e League of Legends.

Os jogadores são atletas profissionais, com uma rotina que envolve intensa preparação física e psicológica para jogar em nível profissional. Os melhores e mais famosos recebem altos salários e acabam se tornando influenciadores digitais também. 

Existem até bolsas de estudo para atletas digitais, que funcionam igual a bolsas para jogadores de futebol ou basquete!

Quem diria que, graças ao seu filho gostar de jogar videogame, você economizaria milhares de reais por mês hein!? 💰

Videogame é profissão

Todo esse “ecossistema gamer” movimenta grandes quantias de dinheiro, por isso o interesse nos games pode se tornar até mesmo uma opção interessante de carreira.

Além dos atletas profissionais, existem também todas as profissões relacionadas aos “esportes tradicionais”: equipes de narradores, comentaristas e jornalistas; operadores de estúdio; árbitros; comissões técnicas; editores de vídeo, entre muitas outras ocupações.

Existem também os profissionais que trabalham diretamente na indústria, programando os jogos, criando artes, desenvolvendo roteiros, e trabalhando em trilhas sonoras. 

Tem também os streamers, profissionais que se dedicam integralmente a produzir conteúdos sobre os jogos e a transmitir suas jogatinas em tempo real. Podem ser vídeos engraçados, tutoriais, transmissões de jogos profissionais, entre várias possibilidades.

Por isso, se as crianças da sua casa gostarem muito de jogar videogame (de forma saudável, é claro), talvez você já tenha a resposta para aquela pergunta tão temida: “você quer fazer faculdade de quê?” 😉

Videogame é arte?

Por fim, mas não menos importante: videogame é uma mídia que mistura várias formas de arte, como dança, desenho, cinema, atuação, literatura e música.

E ele é, acima de tudo, interativo, porque depende das ações do jogador para que todo esse potencial artístico se revele. Vai além de admirar uma obra ou contemplá-la, como fazemos com outras formas de arte – trata-se de estar imerso nela.

A ideia aqui não é comparar videogames a pinturas ou músicas, apenas mostrar que videogame é uma forma diferente e totalmente contemporânea de estimular os sentidos.

jogo de tetris

Depende muito do estilo de jogo, mas alguns títulos proporcionam uma experiência imersiva muito grande através do storytelling, a contação de história, aproximando os games de uma experiência cinematográfica.

Outro destaque vai para a trilha sonora dos jogos de video game, muitas são tocadas por orquestras, e dignas de um Oscar! Tanto que existem orquestras que viajam o mundo tocando trilhas sonoras de videogames por onde passam, como a Video Games Live.

Entre no mundo dos seus filhos!

Agora que você já conhece um pouco mais sobre os games, que tal conhecer também um pouco mais sobre seus filhos? 🤗 

Isso é essencial para curtir melhor a companhia deles, seja jogando um pouquinho juntos, seja para tirá-los da frente da tela.

Imagine se você pudesse apresentar várias opções de jogos! Ou então, ter diferentes opções de lazer ao ar livre ou mesmo dentro de casa para sugerir a ele?

Com o Tomo dos Pais, isso é possível, mesmo nos dias em que você não está com muita inspiração para pensar em novas aventuras junto das crianças. 

Nosso serviço entrega, semanalmente, diferentes recomendações de atividades, jogos e passatempos, livros, vídeos, e muito mais. E as recomendações são totalmente personalizadas pra você e sua família! 😎