É difícil resistir, mas o ideal é evitar beijar o bebê principalmente antes dos 2 anos. O beijo pode transmitir muitas doenças!
Os pais podem beijar de vez em quando, mas precisa ter bom senso. O que acontece é que vários cenários complicados podem começar a partir de um beijinho inocente: gripe, problemas de pele, a tal da “brotoeja do beijo”, entre outras.
Pessoas de fora da família não devem tocar os bebês de nenhuma maneira. Beijar menos ainda! A saliva transmite muitas bactérias, então pais precisam ter sempre muita atenção.
Neste texto você aprenderá quais são os cuidados necessários no dia a dia.
Use o índice abaixo para navegar pelo guia completo sobre beijo em bebês do Tomo dos Pais para saber o que pode e o que não pode fazer, e como proceder em cada situação.
Boa leitura!
Índice do post
Pode beijar o bebê?
A regra é clara: não pode beijar o bebê porque isso pode transmitir doenças. O organismo deles ainda é frágil e não tem os anticorpos necessários para se proteger das doenças que são transmitidas pela saliva.
Para ter ideia, uma troca de beijos entre adultos pode transmitir até 80 milhões de bactérias! 😯 Em beijos em bebês não é tanto, já que são mais rápidos e não acontece troca de saliva, mas ajuda a entender porque o beijo transmite tantas doenças.
Os pais não estão totalmente proibidos, mas também não podem dar beijos babados no bebê. Ao invés disso, beijos leves, ou o famoso “beijinho de esquimó”, só esfregando o nariz, são mais recomendados.
Se não resistir mesmo à vontade de beijar o bebê, é melhor evitar o rosto, nariz, orelha e bocas, porque tem mais chances de transmitir alguma doença.
Segundo pediatras, o beijo ajuda a criar vínculos entre a família. E se não for uma prática recorrente, não tem tantas chances de infecção assim. Então vale a pena dar uma bitoquinha ou outra bem de vez em quando! 🥰
Já pessoas distantes ou estranhas não podem beijar o bebê de jeito nenhum. Desde os tios e primos distantes até as pessoas que querem brincar com a criança na rua.
Provavelmente você já passou por essa situação, né? De estar com o bebê no carrinho e vir alguém querendo dar beijo ou pegar as mãozinhas para brincar.
As intenções podem ser as melhores, mas não tem como saber se a pessoa está com as mãos limpas, se está resfriada ou qualquer outra coisa. Nesse caso, não vale a pena correr o risco.
Falando em resfriado, temos um post sobre como prevenir e tratar resfriado em bebês, que também vale a pena ler.
Quando pode beijar o bebê?
Pais podem beijar os filhos com mais liberdade a partir dos 2 anos. Nesta idade o sistema imunológico ganha força o suficiente para se proteger sozinho. Estranhos ainda não devem tocar no bebê.
Até os 2 anos o organismo deles é muito frágil, mas vai melhorando com o tempo. Por isso quanto menor o bebê, menos ele deve ser beijado.
Eles começam a produzir as próprias células de defesa apenas a partir dos 6 meses. Antes disso é a amamentação que fortalece a imunidade.
Além disso, a partir dos 2 anos a criança começa a tomar uma série de vacinas que aumentam ainda mais a proteção do corpo.
Mas mesmo chegando na idade em que pode beijar o bebê, certos cuidados ainda são necessários.
Quais são os cuidados para beijar o bebê?
- Beije de forma delicada, sem apertar muito os lábios.
- Se alguém der um beijo no bebê, limpe depois.
- Sempre que der um beijo em bebê e ficar saliva, limpe também com um paninho.
- Avise os parentes e visitas para ter cuidado.
- Mantenha sempre atenção quando estiver na rua com o bebê.
- Se tiver sintoma de qualquer doença que transmita pelo contato, não chegue perto.
Pode beijar bebê recém-nascido?
Não pode! Os recém-nascidos não têm nenhuma proteção contra doenças.
Eles ficam doentes facilmente, então não podem ter contatos com vírus e bactérias. Ou seja: beijar recém-nascido pode ser perigoso.
Até as doenças “simples” podem ser graves em bebês com menos de 3 meses. São os casos de gripes e resfriados, que normalmente não preocupam adultos, mas são perigosas para um recém-nascido.
Bebês pequenos são muito fofos e algumas pessoas ficam com ainda mais vontade de beijar, mas os pais precisam ter um controle rigoroso.
Até a família deve evitar. Um beijo de vez em quando pode, mas nesses casos é melhor dar beijos bem suaves no topo da cabeça e limpar se ficar saliva.
Mas nos primeiros meses o ideal mesmo é encontrar outras formas de dar carinho. Continue lendo o post para descobrir formas seguras de fazer isso! 😉
E o pai precisa ter um cuidado extra na hora de beijar recém-nascido: tirar a barba! Beijar com barba não transmite doenças, mas pode arranhar ou causar irritação na pele do bebê.
Mas tem que tomar cuidado: o neném pode ter dificuldade de te reconhecer sem barba! Veja só isso acontecendo:
O que fazer quando sentir vontade de dar beijo em bebê?
Estas são excelentes formas de demonstrar carinho, sem chances de o bebê ficar doente:
- Durante o banho: os toques, o seu tom de voz e o modo carinhoso como lida com o bebê fazem com que ele se sinta querido, mesmo que você não o beije.
- Ao trocar de roupa: também é possível demonstrar cuidado na hora de trocar, fazendo os movimentos devagar e conversando com o bebê.
- Na hora da refeição: seja durante a amamentação ou dando a papinha, a hora de comer é um momento de se relacionar com a família e entender que faz parte dela.
- Nas brincadeiras: brinque muito com ele, sorria, cante músicas e se movimente muito! Assim seu filho entende que você o ama.
- Na hora do choro: tratá-lo com paciência na hora de uma crise de choro ou ataque de raiva mostra que você se importa e ajuda a acalmar e se sentir querido.
- Na hora de dormir: criar um ritual de sono junto com a criança cria sensação de acolhimento.
Muitas vezes estar presente de verdade é a melhor forma de mostrar o quanto você ama os seus filhos!
O que o beijo pode causar no bebê?
Beijar o bebê pode causar uma série de problemas, normalmente doenças transmitidas pela saliva. Entre elas estão as infecções por vírus e bactérias, problemas respiratórios e de pele.
Também tem doenças que muita gente jura que transmite pelo beijo, mas não é bem assim. Veja abaixo!
“Brotoeja do beijo”
As “brotoejas do beijo” são aquelas marquinhas vermelhas que aparecem na pele do bebê. Apesar do nome, elas não são transmitidas pelo beijo!
Muita gente se confunde sobre essas marquinhas. Na verdade, elas são transmitidas pelo calor, não por saliva ou pelo beijo. Febre alta, ambiente muito quente ou úmido, excesso de roupas no bebê, entre outras situações que causam aumento de temperatura causam as brotoejas.
As pessoas pensam que ela é por causa do beijo porque podem aparecer nas bochechas, que é um lugar onde normalmente as pessoas beijam.
O que pode acontecer é o beijo causar alergias que parecem brotoejas, mas aí também é um pouquinho diferente da brotoeja do beijo.
Alergia no rosto do bebê (dermatite)
São pequenas bolinhas nas bochechas, que podem se espalhar pelo resto do corpo. Muita gente pensa que é brotoeja do beijo, ou até picadinha de mosquitos.
Ela é transmitida quando a pessoa tem algum resto de alimento na saliva e depois beija o bebê. Em adultos isso não causa nenhuma reação, mas causa alergia na pele dos pequenos e pequenas.
Até a própria saliva do bebê pode causar a doença. É comum quando a criança fica muito com a chupeta ou coloca outros brinquedos na boca.
Para prevenir, é importante limpar a saliva depois do beijo e manter a boca do bebê sempre seca com um paninho ou babador.
Para tratar a doença precisa levar em um pediatra ou dermatologista. O médico receitará produtos específicos para limpar a pele e impedir o avanço da alergia.
Essa alergia causa desconforto e coceira, mas tem cura. Normalmente não causa grandes problemas. Mas se não tratar corretamente pode infeccionar.
Gripe e resfriado
Provavelmente todo bebê ficará resfriado ou gripado em algum momento, mas os pais precisam diminuir ao máximo as chances de contágio.
A gripe e o resfriado dificultam a respiração, causam crises de espirro, tosse e febre. A gripe costuma ser mais forte e requer mais atenção, já o resfriado, em muitos casos pode ser tratado em casa.
Os cuidados devem ser redobrados para as crianças com menos de 2 anos – e triplicados para os recém-nascidos. Nestas idades, mesmo que a pessoa não tenha sintomas de gripe, pode transmitir ao beijar o bebê.
A melhor forma de prevenir é evitar contato com pessoas de fora da família. Principalmente se tiverem algum sintoma de gripe ou contato com alguém contaminado. Essas pessoas não podem beijar, pegar no colo e nem tocar nas mãos do bebê.
O tratamento varia de acordo com a idade da criança e a gravidade dos sintomas:
- Se o bebê tiver menos de 3 meses, leve ao médico por garantia.
- Se tiver mais de 3 meses e não tiver febre, deixe em repouso, controle a temperatura e hidrate o bebê.
- Se tiver febre, leve ao médico imediatamente, não importa a idade.
Herpes labial
O vírus da herpes não tem cura e pode causar danos neurológicos permanentes em bebês.
Por isso é importante evitar beijar os bebês na boca e nas mãos, já que esta é a principal forma de contágio.
A herpes é caracterizada por feridas dolorosas, lesões na boca e língua, e febre alta. Caso você perceba algum dos sintomas no bebê, vá imediatamente ao médico.
Se o bebê tiver herpes, terá de conviver com o vírus pelo resto da vida. Mas isso não quer dizer que estará doente 100% do tempo. O vírus fica adormecido, então a doença volta apenas durante alguns momentos.
Se a herpes for tratada, não evolui para problemas graves. Então se a criança está com herpes, não precisa se preocupar: é possível ter uma vida completamente normal. 😉
Doença do beijo em bebê (mononucleose)
A doença do beijo ou bactéria do beijo (apesar de ser um vírus) é a mononucleose. Ela tem esses apelidos porque a saliva é a principal transmissora, e porque afeta muitos bebês.
Os sintomas são parecidos com os da gripe: febre, fadiga, inflamação na garganta e sensação de mal-estar. Eles costumam ser leves – e se atingir um bebê uma criança mais velha, talvez ela nem sinta nada.
Porém, no caso dos bebês pequenos, precisa ter atenção para a mononucleose não evoluir para uma infecção maior.
Se achar que seu filho pegou esta doença, lide com os sintomas como se fosse um resfriado. Se não passar ou o bebê tiver febre, vá ao médico, pois o diagnóstico é feito por exame de sangue. Se a criança tiver o vírus, o médico indicará remédios para controlar os sintomas e a infecção.
Assim como nas outras doenças, a principal prevenção é evitar os beijos no bebê.
Sapinho
Beijar bebê pode dar sapinho – são manchinhas brancas na parte interna das bochechas, na língua e no céu da boca.
Ela é uma infecção por fungos, que não é grave e nem evolui para outras doenças. Ainda assim, causa desconforto ao bebê.
O tratamento é feito com remédios antifúngicos, então precisa ir ao médico para ele receitar o melhor para o seu caso. Normalmente o tratamento dura duas semanas.
O que acontece ao beijar cada parte do corpo do bebê?
Existem partes do corpo que são mais problemáticas de beijar. Veja o que pode e o que não pode fazer em cada caso:
Partes que pode beijar
- Barriga: limpando depois de beijar, não tem problema porque é difícil algum vírus entrar no corpo por ali.
- Pés: pela mesma razão, pode beijar os pés. Menos se o bebê por alguma razão colocar na boca com frequência, ou mexer muito nos próprios pés.
- Cabeça: prefira sempre beijar a cabeça, e não o rosto, porque diminui a chance de infecções.
Por que não pode beijar o rosto do bebê?
Beijar bebê no rosto faz mal porque pode passar doenças. Mesmo se limpar depois é melhor evitar.
Pode ser difícil resistir a dar um beijo na bochecha ou no nariz, mas mesmo os próprios pais da criança não podem sair beijando sempre que der vontade.
Beijar bebê no rosto faz mal e pode causar doenças como gripe e alergia.
Posso beijar meu bebê na boca?
Beijar bebê na boca nem pensar! A boca é uma porta de entrada para vírus, bactérias e fungos.
Herpes, gripe, e doença do beijo são transmitidas assim. Evite, independentemente da idade do bebê.
Pelo mesmo motivo não pode beijar o bebê nas mãos. As crianças passam muito tempo colocando a mão na boca, então o resultado é o mesmo.
Beijar um bebê na orelha pode deixá-lo surdo?
Pode causar problemas de audição, mas não deixa 100% surdo.
Um beijo estalado pode causar pressão o suficiente no tímpano para romper uma membrana, o que pode diminuir a audição sim!
“Não beije meu bebê!”
Esta frase deve fazer parte do seu vocabulário quando recebe visitas ou sai para passear com o bebê. Claro, não fale isso de forma agressiva, veja qual a melhor forma de comunicar essa mensagem pra cada pessoa.
Você corre o risco de ser visto como chato ou chata por proibir o contato, mas é melhor prevenir do que remediar né!?
Sempre que alguém que não tem intimidade com o bebê quiser beijar, explique os problemas e peça para não fazer.
Essa é a maneira mais eficiente de prevenir uma série de doenças.
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